Wednesday, May 10, 2006

Cebola - Dank u, Holland!

fala galera!

antendendo a pedidos (minha mãe é insaciável!), vou cumprir o prometido e escrever sobre a viagem pra Holanda. Vou tentar nao entrar em muitos detalhes pra nao ficar muito cansativo, blz? Então vamos lá...

Sai daqui de Frankfurt na quinta 27/marco. O onibus (sim, descobri que na Europa nao tem soh trem!) sairia 23:59, mas atrasou 1 hora. Cheguei as 7 da manha de sexta em Den Haag (ou Haia, aquela cidade do tribunal internacional, tah ligado? Milosevic, e pá...). Como eu nao tinha nenhum guia nem nada, comecei a rodar pra ver se eu encontrava um daqueles mapas da cidade com as principais atracoes turisticas. As prefeituras daqui da Europa sempre afixam um desses em algum lugar perto da estacao de trem central. Achei um que estava errado e acabei passando a manha inteira vagando pra lah e pra cah, passando um puta frio e tirando foto de todo predio engracado que eu via, mesmo se fosse um soh um condominio residencial ou uma fabrica de parafuso (hehhe como se eu soubesse como se fala "parafuso" em holandes, neh...)

Depois do almoco eu comecei a encontrar as coisas legais mesmo, tipo o castelo-parlamento do seculo 17 (Binnehof) e o Palacio da Paz da ONU. Tambem descobri um centro de informacoes turisticas e consegui pegar um bonde pra Scheveningen, uma cidade ao norte onde tinha a praia. Sim, praia! Muito engracado. Seria igualzinho a Santos se nao tivesse corvo ao inves de gaivota, plataforma de bungee-jump ao inves de banana-boat, esculturas pos-moderinistas ao inves de barraquinha de pastel, ceroula e calca jeans ao inves de sunga e calcao e um castelo-hotel-cassino ao inves de predios tortos na avendia beira-mar. Bem johnsons!

Sai de lah e fui direto pra Amsterdam pra encontrar o Cesar e o amigo portugues dele, o Manuel. A cidade tava bem agitada porque no dia seguinte era aniversario da rainha e a teria comemoracao na Holanda inteira. Mas a gente tava meio sussa e preferiu ficar passeando pela cidade e brisar nas atracoes turisticas mesmo. Primeiro fomos jointos para um Coffee Shop e juro por Deus que o Cesar pediu um cafe. E o Manuel, um capuccino! E o mais interessante eh que o cara vendeu! Tipo, fiquei surpreso de ver que esses lugares nao sao uns inferninhos na parte podre da cidade. Eu achava que eu ia encontrar, sei lá, um hotelzinho com varios quartos fechados e escuros onde tinha um monte de drogado jogado no chão, conversando com os lustres, vendo duendes e dancando Led Zeppelin. Mas não, Coffe Shop parece mais uma tabacaria. No menu tem varios tipos de café, de tabaco e, logico, de maconha. E eles tratam o bagulho como coisa fina mesmo; vem descrito o tipo (tem varios tipos e varios preços), a precedencia (não, não era tudo da Colômbia), a forma de manipulação, os teores das diferentes substancias, o qkjersdfpie, as gpwiuerghg e o peiurhugidfhg (esses ultimos tavam em Holandes e eu nao consegui adivinhar o que era). Ah, e lah dentro nao vende alcool. Não tem gente chapada, bêbada, arrumando briga nem vomitando pelos cantos. Agora, se fosse um boteco de esquina do Brasil, hehehehe....

Saímos de lá e fomos dar um rolê no famoso "Bairro da Luz Vermelha". De novo, eu achei que eu tava indo pra, sei lá, periferia da cidade. Tava esperando chegar num lugar vazio e esquisito, com um monte de casa abandonada, cachorro vira-lata, barulho de tiro, lixo na rua. Mas não. Você nem percebe a diferença quando vc chega lah. Tipo, ainda tem aqueles canais fofinhos, com barquinhos fofinhos, famílias fofinhas andando naquelas bicicletas fofinhas. Tudo isso convivendo na mais santa paz com um monte de Sex Shop, Casas de Favores e uma concentração fora do normal de Coffe Shops e Lojas de Magia (vide foto).
Eh logico que eu tava louco pra ver as famosas Primas, que na Holanda são legalizadas, pagam imposto e recebem seguro-saúde e aposentadoria. Elas ficam num quartinho de cara pra rua que tem uma porta de vidro que soh abre por dentro. A luz eh roxa ou vermelha (pra disfarçar machas e espinhas!) e elas não podem ficar nuas - só, no máximo (mínimo), calcinha e sutiã. Ficam fazendo pose e provocando os potenciais clientes - e elas tem que ser seletivas, pq na rua passa um monte de família, velhinha, criança, casal de namorado, ciclista, grupo de turista japones tirando foto, estudante vagabundo da USP...
O Cesar, que jah tinha estado em Amsterdam antes, disse que tomou um susto a primeira vez que as viu. Fiquei zuando da cara dele até eu a hora que eu vi. Puta que o pariu! Eh bizarro! Tipo, a tal porta de vidro fica na rua mesmo, não tem nenhuma sinalização, luz vermelha, plaquinha, nem porra nenhuma. Voce tah andando na calçada a 30 centimetros de um muro de concreto que, absolutamente do nada, se transforma numa mulher roxa e seminua, e depois vira concreto de novo. A primeira vez eh meio macabra, parece aqueles filmes de terror velho em que o cara tah andando pelo corredor escuro do casarao e vêm os monstros e tals... Mas depois vc se acostuma, e comeca a ficar muito engracado. E o mais legal eh a naturalidade com que o povo trata aquilo. Tipo, o sujeito está andando na rua tranquilamente quando vê na vitrine algo que lhe interessa. Ele entra na "loja", negocia o preço e as condições de pagamento e, se a transação for bem sucedida, a "vendedora" fecha a cortina e executa o serviço (aquário com cortina fechada eh sinal de bons negócios). Depois o sujeito sai fora na maior cara dura, sem culpa nenhuma e sem dever nada pra ninguém. Irado, neh?
Não, mãe, eu não não sou o tal sujeito.
Depois de rodar muito pelo bairro e descobrir vários nichos de mercado (tem quarteirão soh de gorda, quarteirão soh de negra, quarteirão soh de velha, quarteirao soh de traveco...), decidimos ir num Peep Show, aquelas cabininhas que voce entra, tranca a porta, põe umas moedas e abrem-se as cortinas para o Show. Voce pode Peep, se quiser, pq ninguem vai ver.
Foi hilario! No Brasil, esses lugares são uma casinha fechada, com uma portinha apertada guardada por um segurança mal encarado (não, mãe, eu não sei nada dessas coisas. Só ouvi dizer que era assim...) Mas, em Amsterdam, o lugar eh todo aberto. Parecia ateh um McDonald's. Moh galera sussa, de boa, decidindo o que "comprar", sem vergonha nenhuma. Tem vários shows diferentes. Voce pode escolher a Jenny, a Cinthia, a Louisia, a Jaqueline, a Hdpghd, a Wcvbnsui, a fj#$5doghgweh (essas ultimas, holandesas) ou, se preferir, também tem o Big Richard, o Rex e o Totó.
Entramos na cabinha mais barata e era um show de sexo explícito. Novamente, levei um choque num primeiro momento (afinal, mãe, eu nunca tinha visto dessas coisa na vida!) e depois não conseguia parar de rir. Era muito forçado! Tipo, não se tratava de um casal se amando e expondo para o público a sua intimidade, o seu carinho mútuo, o momento mais sublime de sua paixão. Era que nem filme pornô mesmo (segundo me disseram, mãe...). Eles tavam numa posição esquisita e nitidamente desconfortável, só pra mostrar tudo o que tava acontecendo. A mulher tinha cinta-liga e meia-calça (mulheres normais usam isso mesmo?) e conseguia por a perna atrás da orelha. O pingolim do cara parecia um tubo de Pringles. E, conforme a cama giratória ia girando, os atores ficavam olhando pra dentro da cabine e provocando os Peepers. Mas, como eles perceberam que eu tava me mijando de rir, eles comecaram a agir diferente comigo. Eu juro, mas juro, mas juro por Deus que a mulher olhava pra mim com um olhar de "eh, tah foda, jah passou 15 minutos do meu expediente, eh a oitava vez que eu dou pra esse cara hoje, tenho ainda que passar no banco e fazer supermercado. Ai, ai (suspiro)". Eh, minha filha. Meu pai jah dizia: pra vencer nessa vida, tem que ralar a bunda mesmo!

Saimos de Amsterdam 4 da manha e fomos pra Tilburg, onde o Cesar estuda (desculpa a redundancia, galera, mas esse texto não é só pro pessoal da FEA...). Dormimos umas 6 horas, comemos alguma coisa e voltamos pra Amsterdam. Era outra cidade! Sábado foi o dia da Rainha mesmo. A holanda inteira tava lah, fazendo festa na rua. Todo mundo tava de laranja (pq o cara que reunificou a Holanda chamava Willem (Guilherme) d'Orange). Foi bem legal. Era gente que não acabava mais, tinha show em tudo que era praça, bar e parque. E, como eh primeiro mundo, tinha uma puta estrutura armada pra receber aquela quantindade imensa de turistas e visitantes. Por exemplo: olha só esse mictório de rua (eh um mictorio de verdade, tava cheio desses lá). Amsterdam está mesmo a frente no tempo...
Na manhã seguinte fui acordado com um "levanta, Cebola, pq o arroz com o feijão vai esfriar". Deixei rolar uma lágrima. Passei o dia em Tilburg com o Cesar e os amigos intercambistas dele. Foi bem legal, tinha gente do mundo todo... O alojamento dele eh bem da hora (mil vezes melhor que o meu :-P), apesar de ser "levemente" bagunçado. A cidade é típica do interior da Holanda, bem bonitinha. Visitei a Universidade (animal!) e vi umas coisas interessantes, como ciclovias no lugar de ruas (tipo, a porta das casas davam pra ciclovia, e não pra rua, pq bicicleta eh mais importante do que carro...). Descobri tbm que Holandes não liga muito pra privacidade. As casas tem janelas imensas e escancaradas. Dah pra ver o cara lah dentro cozinhando de cueca e lendo revista, hehehe
Na segunda fui pra Roterdam visitar a Paula (da outra sala de Adm). Quando eu cheguei tava um puta tempo feio, chovendo e ventando. Liguei pra ela pra saber o que tinha pra ver na cidade e ela disse "ah, não tem nada de especial, tipo monumento essas coisas... oq vc podia fazer era dar um rolê no centro antes de vir pro meu alojamento". Ah, tá bom, que ótimo...
Nossa, mas foi animal! Rotterdam eh famosa por ter um dois mais importantes portos da Europa e tbm pela arquitetura. Fiquei impressionado, mesmo sendo totalmente leigo pra essas coisas. Cada prédio maluco e esquisito, um do lado do outro. Também tinha uns canais enormes, bem maiores que os de Amsterdam, onde passavam uns navios de carga. Foi bem loko, apesar da chuva ter molhado a minha unica meia (eu soh levei 4 cuecas e 2 camisetas pra Holanda, além da roupa do corpo. Mas agora jah aprendi. Da próxima vez, levo outro par de meias).
Depois fui pro alojamento da Paula (tbm muito irado e bem melhor que o meu :-p). Ficamos um tempão conversando e falando mal da FEA (ah, que saudades...) Também conheci o namorado australiano dela, o Mike, que falava português, espanhol, holandes e mais sei lah o que. Conhecia a América Latina e a Europa inteira e jah tinha morado nuns 4 países diferentes. Quando vc acha que jah viajou bastante, neh....
No dia seguinte (terça) fomos numa feira livre. Moh barato, era igualzinho no Brasil, com os caras gritando e tudo, soh que em Holandes. Tinha fruta, verdura, legume, peixe, tudo. Vi ateh polvo e enguia pra vender. Comemos um waffle com mel, que eh típico da Holanda e chama jfpieughfaspidfpih daspiughgid sdkugh, alguma coisa assim. Desculpem-me se eu soletrei errado, hehehehe.
Depois disso fomos pra Universidade dela, que também eh muito legal. Era enorme e cheia das coisas "cool", tipo um orgão-piano-conjunto de sinos no meio do campus e um negocio que chama "Mail Wall", uma parede cheia de computadores pra galera checar os e-mails rapinho. As salas de aula são todas maluquinhas, coloridinhas e engraçadinhas e, segundo o Mike, parecem um "game show". Não arrumei descrição melhor.
Saí de lá uma da tarde e fui pra Utrecht, uma cidade que dizem ser a mais turística da Holanda depois de Amsterdam. Não sei porquê. Não tem nada lá, soh um canal meia-boca e uma torre gigante de uma igreja protestante. Essa viagem não teria valido se eu não tivesse entrado numa lanchonete de Kebap (um sanduiche mto famoso aqui que no Brasil chama churrasco grego...) e ficado mais de uma hora conversando (em ingles) com um turco que detestava a Holanda. Foi bem construtivo.
Voltei pra casa do Cesar em Tilburg porque ia ter um churrasco (quer dizer, churrasco de hamburquer e pão, hehehe) e depois uma balada. Destaque para o fato de ninguém ter carro e todo mundo ir de bicicleta (eu fui na garupa do Cesar, inesquecível! É claro que a roda entortou no meio do caminho e tivemos que ir a pé, né...). Também passamos na casa da holandesa que tava organizando todo o agito. Puta casa maluca. Na sala tinha uma pintura perfeita do Taz, ocupando a parede inteira. A escada parecia de brinquedo e tinha poster do Harry Potter e dos X-Man em tudo que era lugar. As portas de um lugar pro outro pareciam armários (tipo, vc acha que tá entrando no Closet e eh a cozinha....) e outros afrescos do Muppets Babies complementavam a decoração.
Magic Mushrooms, dude! Só pode ser....
No dia seguinte, quarta, acordei tarde pq fiquei ate altas horas falando com o Pato no Skype (manda um beijao pra sua mae, cara!), me despedi do Cesar e do Dartmar (o namorado dele, huahuahuahahaua) e fui pra outra cidade, Eindhoven, pegar o busao de volta. Andei soh uma meia hora lah, e não tinha muita coisa pra ver fora o estadio do PSV Eindhoven onde o Ronaldinho começou a carreira na Europa (Jaguá, cheque essa informação, por favor!). A viagem foi bem legal pq o onibus entrava nas cidades pelo caminho pro embarque e desembarque de passageiros. Ou seja, era praticamente um City Tour incluido.
Ufa! Finalmente acabei esse post. Eu na verdade tava meio desencanado de escrever ele pq eu jah tinha contado essas historias pelo MSN ou pelo Skype um monte de vezes e pra moh galera. Mas, tudo bem. Esse eh o melhor presente de dia das mães que eu posso dar pra minha mamãezinha linda querida meu amor minha vida. Te amo, mamãezinha! É nóis na Europa logo mais! Prometo que eu te levo num Coffe Shop e num Peep Show, se der. Heheheh. A Holanda eh muito louca!
Eh isso aih galera. O proximo post vai ser da Erica pq ela vai vir pra Frankfurt e vai contar tudo sobre a cidade (e me poupar o trabalho), certo?
abs!

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

peep show

magic mushrooms

coffee shops

. . .

2:15 PM  

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