Godo - Opa, cheguei!

Vou dizer que a viagem foi bem longa, viu?

11h de vôo;
15 min de onibuzinho até a área de desembarque do aeroporto;
15 min pra sair do aeroporto;
15 min esperando um ônibus;
1h30 de ônibus no trânsito de Paris até a estação de trem, mas pelo menos tinha alguma coisa pra ver;
15 min esperando um segundo trem, porque tinha perdido o primeiro por causa do trânsito de Paris;
1h30 esperando um terceiro trem, porque perdi o segundo por causa de uma francesa @$#@# que me deu informação errada;
2h no trem de Paris até Poitiers;
5 min carregando 50 kg de bagagem escada abaixo, escada acima, escada abaixo, escada acima (simplesmente não havia escada rolante nem elevador. Como sobrevivem os deficientes na França??);
15 min esperando a conexão;
4h no trem até Toulouse (minha poltrona era ao lado da de um francês chamado Antoine Pierre Louis (!!!) que passou a viagem toda me contando a vida dele. Aventuras e desventuras, desilusões amorosas, dramas familiares, aiai. Nem deu pra treinar muito o francês porque só ele falava. E quando eu dormi, ele me filmou pescando de um lado pro outro e depois me acordou pra mostrar o filme. Olha o Antoine aí!)

5 min até minha casa provisória em Toulouse;
Ufa!

A família Mauroux, que me acolheu aqui, é muito gente fina. Eles moraram em Lisboa algum tempo, e de vez em quando soltam alguma palavra em purtugueix.
A casa é toda de madeira, fica rangendo o tempo todo, e meu quarto tem uma cama de casal. Aí vêm aquelas coisas básicas da França: um aposento só para a privada, outro para a pia e o banheiro; umas toalhinhas em forma de luva, ou seriam luvas em forma de toalhinha, que eu não sei até agora pra quê servem; salada de entrada, prato principal e sobremesa em todas as refeições, além do pão, é claro.

Ah, tinha esquecido! Tá fazendo um calor infernal, desses de Rio de Janeiro mesmo, onde a gente já sai do banho suando.

Toulouse é uma beleza, a cidade inteira é rosa (ê laiá), porque é tudo feito de tijolinhos. E é cheia de franceses. Rá! Mas também tem espanhóis, por ser perto da Espanha. Passei a manhã de sexta resolvendo um monte de burocracia, que, é claro, ainda não pôde ser toda resolvida, afinal, a burocracia no Brasil não é nada se comparada à francesa, matriz de onde copiamos a nossa. Também já fiz um tour-ismo pela cidade, que tem bastante coisa pra ver, e também pra fazer. Me disseram que a cidade está vazia por causa das férias, mas até que estava bem animada. Imagina quando estiver cheia (1/4 da população é de estudantes universitários)! É bem fácil de se locomover e se achar, fica tudo pertinho, e ainda tem o metrô, que tem mais uma linha sendo construída. Por isso a cidade tá cheia de obras, o que me lembra... não, definitivamente não lembra nada São Paulo!

Ainda não tenho celular, mas tô tentando dar um jeito nisso. Aqui tem internet, mas o Dominique passa o dia trabalhando no computador, então não dá pra eu ficar online. Tb não da pra usar no meu computador. Por tudo isso, fica dificil (perdi os acentos) responder os emails de voces, mas um dia eu respondo tudo!

Semana que vem vou pra Paris, e de lá, o mundo!!

Vou sentir saudades de todo mundo aí do Brasilzão! E para os que vêm, andem logo, em breve nos vemos!!