Sunday, July 23, 2006

Cebola - de volta à terra prometida

Caralho, vão se fuder, hein... vou mudar o nome desse blog pra "Cebola & Miguxos". Só eu escrevo nessa merda! Minha única esperança é o Godo. Apesar de que os textos dele vão me quebrar, né... Mas tudo bem, sempre vai ter o Carneiro, o Santos e o Zé, que com certeza vão postar cada detalhe de seus intercâmbios aqui, né? (é uma piada)

Esse relato aqui eu fiz por livre espontânea vontade. Vontade da minha mãe. Ela queria porque queriam um depoimento sobre parte da minha viagem para publicar no jornal da minha comunidade brasileiras de danças croatas (não é uma piada). Daí eu me empolguei, fiquei três dias escrevendo, li e reli várias vezes, passei de 5 páginas e aí, já sabe, né.... meti aqui e ai de quem não ler.

Mentira, tô brincando. Esse texto é bem pra minha família. Por isso, tá recheado de piadas internas, que ninguém de fora vai entender, e de piadas repetidas, porque quase ninguém dos Croatas leu o resto do blog. E tá meio gay. Mas só um pouquinho. Não dava pra escrever muito palavrão e tive que pular as partes sobre consumo de drogas e orgias pansexuais porque eu tenho que fazer aquela fita com as minhas tias-avós, tá ligado?

A Érica mandou eu dizer que mesmo assim é pra todo mundo dar uma olhada porque ficou bom e tals, minha mamãezinha linda maravilhosa até deixou escapar umas lágrimas. Dizem que meu pai também, mas pega mal pra reputação dele esse tipo de coisa, né? Não conta pra ninguém.

Deixa eu parar aqui porque se não a introdução fica maior que o texto que, por sinal, tá gigantesco.

Foda-se, é pra ler e pronto. No final ainda tem que fazer uns comments.

Acho que eu vou largar a FEA e virar escritor, é da hora.

Tipo que nem o John Grisham, que se formou em Direito e hoje faz uns romances sobre advogados ladrões, lavagem de dinheiro e documentos-bomba, manja?

Eu podia ir por uma linha mais ou menos assim, mas dentro de Administração e Economia. Tipo, CEOs corruptos, secretárias sedutoras, contadores misteriosos, intrigas, jogos de poder, mais lavagem de dinheiro....

Tá, agora eu parei mesmo.

Abs!

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Aproveitei as férias que eu mesmo me dei na faculdade aqui na Alemanha e fui dar um rolê na Europa com a patroa. Oportunidade como essa não ia aparecer tão cedo de novo, né? Viajar aqui dentro é relativamente barato. Isso, é lógico, se você souber onde procurar, não for muito exigente, dormir em albergues quando não der pra ser no trem mesmo, viver de baguete e McDonald's por semanas a fio, abrir mão dos imperdíveis museus da história das pulgas de circo falantes da Sicília e tiver uma namorada que acha gostoso passar 4 dias na frente do computador procurando acomodação barata e passagem com desconto.

Antes de chegar na Croácia já tinhamos passado por Praga (República Tcheca), Bratislava (República Eslovaca), Viena (Áustria), Ljubljana e Bled (Eslovênia). Estávamos viajando há uns 6 dias e já dava pra dizer que tínhamos uma certa bagagem acumulada: Praga é provavelmente a cidade mais bonita da Europa; Viena tem um complexo de palácios, castelos e museus maior do que várias cidades inteiras na Alemanha; a beleza natural da Eslovênia, com seus rios, morros, montanhas, lagos, florestas e cenários bucólicos, é du carai; Bratislava é... zuado, mas pelo menos é tudo muito barato, provavelmente até mais que no Brasil

Bom, se já tínhamos visto o melhor que a Europa tinha a oferecer em termos de castelos, palácios, monumentos, cidades históricas, paisagens bonitas e até goulash eslovaco a preço de banana, como é que a Croácia - um paísinho minúsculo, com mais gente morando na Austrália do que no seu próprio território e que teve seu apogeu na época em que era a sauna dos imperadores romanos - poderia de alguma forma nos surpreender?

No começo realmente não nos surpreendeu. Chegamos em Zagreb às cinco da manhã, depois de uma noite horrível num trem velho e barulhento. Os policiais alfandegários nos acordaram pra ver o passaporte duas vezes, e não sabemos até agora porquê. Pra pegar a baldeação pra Split às 6:00 tivemos altas tretas com o fiscal porque deveríamos ter feito uma reserva pra embarcar e acabei tendo dois minutos e meio pra comprar um bilhete novo no outro lado da passarela. Foi uma delícia fazer um tiro de 800 metros as 5:57 da matina. E a mula achava que, se ele falasse bastante, bem rápido e com cara de bravo, eu ia acabar aprendendo croata ali, na hora, e descobrir o que ele queria dizer. Se um tiozinho que manjava de inglês não tivesse nos ajudado na fila...

Mas nossa má impressão dos croatas foi pro saco assim que chegamos em Split. A dona do nosso hostel era muito simpática e foi buscar a gente na porta do trem. Nosso quarto era animal; na antiga Iugoslávia, 20 euros é dinheiro suficiente pra alugar um apartamento inteiro só pra você, enquanto em Viena custa 25 pra dividir um pulgueiro com 10 desconhecidos. A cidadezinha é muito simpática. Beira de praia, milhares de barcos ancorados, uma orla toda bonitinha, vários daqueles cafés com cadeirinhas ao ar livre... O castelo Diocle-não-sei-o-quê, do imperador romano homônimo, era muito legal. Até então não tínhamos visto nenhuma construção medieval que tivesse evoluido com o tempo ao invés de ter se transformado em museu, em ruínas, ou em ambos. Virou tipo uma cidadela de pedra, onde tinha de tudo: lojas, bares, restaurantes, torres de guarda, portões norte-sul-leste-oeste, esculturas pagãs e, o mais impressionante, gente morando. Imagina que você tá andando na vielazinha, todo encantado com os tijolos do século 13 e as criptas dos antigos reis croatas, quando dá de cara com uma calcinha XXL pendurada no varal da casa de alguém. É mó barato!

De Split fomos pra ilha de Korcula (desculpa que eu não tenho o acento no "c"). Quando compramos a passagem do catamarã, imaginamos que íamos passear de algo parecido com uma escuna, ou algum desses barcos fofinhos onde os turistas tomam sol na proa e ficam entediados ouvindo o guia falando bobeira o caminho inteiro. Mas não. Era praticamente um navio, com capacidade para umas 500 pessoas, todas sentadas em poltronas iguais às de avião. Mó da hora, parecia até que a gente tava andando de ônibus (apesar de que no alto mar balança menos do que em São Paulo).

A viagem demorou umas 2 horas e, chegando em Vela Luka, descobrimos porque a Croácia é tão famosa pela beleza natural. O lugar era simplesmente animal, uma vila toda de pedra (muitas pedras na croácia, né?), encrustada num morro que acabava num mar lindíssimo, cujas águas eram mais azuis que as do Caribe. Eu nunca fui pro Caribe, mas é um ótimo chute. Logo no porto fomos recebidos pela Ksenja, uma mulher que eu nem conhecia mas que, graças ao meu tio Ivan - o maior diplomata da galáxia - nos cedeu a casa dela pra morarmos durante 3 dias.

Antes que comece a sair fumaça da sua cabeça, deixa eu esclarecer. A Ksenja é neta da Jacobina, tá ligado? Hoje em dia pode até ser que essa informação não choque ninguém, mas o Ivan ficou embasbacado quando descobriu isso na primeira vez que ele foi pra Blato, em 1765 (quer dizer, eu sei lá quando ele foi, mas eu nem tinha nascido ainda...1765 é outro ótimo chute) A Jacobina teve uma filha, a Jagoda, quando ela era bem jovem e solteira. Daí ela mudou para o Brasil pra fugir da vergonha que era uma moça direita daquelas engravidar antes de casar. Bizarro, né? Mas beleza, outros tempos, fazer o quê... naquela época era razoável largar toda a sua família, seus amigos, sua casa, seu emprego e mudar de continente pra ir morar no meio dos macacos por causa da má fama e das fofocas.

A Jagoda é, portanto, meia-irmã do Alexandre e da Darinca. E, lógico, prima do meu vô. Desenhando a árvore genealógica inteira, temos que eu tenho a mesma relação de parentesco com a Ksenja do que com o Boris, com a diferença de que ela é uns 45 anos mais velha e muito, mas muito mais bonita do que aquele panaca zuado. E que os filhos dela são tão meu primos de quarto grau quanto o Nicolas e a Bia. E por assim vai. Descubra o seu!

Ela nos tratou maravilhosamente bem. Nunca vi coisa igual. Mesmo eu demorando umas 5 horas pra aprender a pronunciar o nome dela (Tsênia), ela nos deu casa, comida, roupa lavada, translado gratuito Vela Luka-Blato, city tour pela cidade inteirinha (durou uns 40 minutos, hehehehe), nos apresentou toda a família dela e ainda nos levou pra passear em toda a ilha. Foi sem dúvida nenhuma a melhor parte de todo o mochilão. E olha que, mais tarde, também visitamos Roma, Paris, Estocolmo...

Dava pra eu ficar escrevendo por horas a fio tudo o que passamos nesses 3 dias na ilha. Mas nesses momentos a fadiga domina, né? Ninguém ia ter saco pra ler. A maioria das coisas é indescritível; só estando lá no meu lugar pra sentir o que eu senti. Por exemplo: estamos andando na rua e a Ksenja me aponta um velhinho e diz, como quem não quer nada:
- olha só, aquele senhor ali também é Marinovic Brscan.
A essa altura eu já tinha conhecido uns 200 Marinovics de todas as marcas, cores e tamanhos. Já tinha ido no açougue do Antun Marinovic (não o meu vô, o primo dele), já tínhamos visto a casa que meu Dida morava antes de emigrar, já tínhamos sido introduzidos aos meus 8 primos de décimo terceiro grau... mas não tínhamos conhecido nenhum Marinovic que também fosse Brscan!
- como assim, Marinovic Brscan? - respondi, intrigado. (a gente conversava em inglês, se é isso que você tava se perguntando. Ela morou na Austrália um tempão)
- Pois é. - e continuou andando, como se nada de incomum tivesse acontecido. Como se no Brasil eu sempre encontrasse alguém que tivesse esse sobrenome impronunciável. Como se só na minha sala na escola tivessem três.
- como assim, Marinovic Brscan? Ele é meu parente? - eu não sabia se eu ficava mais supreso com o fato de ter encontrado um parente de primeiro grau do que com o fato de ela achar perfeitamente normal eu encontrar sangue do meu sangue num vilarejo de 3.500 habitantes a nove mil kilometros de casa.
- Sim - bom, pra ela, era normal mesmo.
- Não, peraí, vamos lá falar com ele.

E não é que o velhinho era irmão do Marin? Isso mesmo, meu tio-bisavô. Vivo, lúcido e inteiraço. Quer dizer, isso é mais um ótimo chute. Podia ser que ele estivesse bem gagá e só falando bobagem que eu não ia entender nada, mas era isso o que parecia. Taí a foto dele pra comprovar. Acho que ele não entendeu porque eu tava tão feliz de ter encontrado ele ali. É que, na ilha deles, é normal todo mundo ser parente de todo mundo e do nada aparecer uns perdidos vindos da Austrália, dos Estados Unidos, do Brasil ou desses outros países na PQP pra onde a galera foi vazando. Mas pra mim foi um achado!

Fora esse, teve mais um momento que pra mim foi ainda mais marcante, porque até agora eu fui o único que vi (eu sabia que o Vlaho existia). Depois de dar um rolê de Escort 94 pra conhecer Prigradiza, Prisba e uma fábrica de estátuas de Bronze de um amigo do Ante (marido da Ksenja), paramos no cemitério pra visitar a Jagoda. De novo, eu tava andando distraidamente, curtindo a vista do alto do morro, quando me deparo com uma tumba onde estava escrito, em letras garrafais: ANTUN MARINOVIC BRSCAN. Era a tumba do meu avô. Como era possível?

Não era. Encontrei mais um outro antepassado. O dida do meu dida. Meu tataravô. No mesmo jazigo estavam outras pessoas, inclusive o Frei Ivo, outro dos meus tios-bisavós.

Irado, né?

Também foi muito louco o fato de a Ksenja ter feito com que nós nos sentíssemos em casa o tempo todo, mesmo não falando nada de Croata e só conseguindo se comunicar com algumas poucas pessoas. Olhem essa foto aí. Da direita pra esquerda, temos a Frana, uma mina de 13 anos meio gênia, cujo inglês era assustador de tão bom. Filha da Sandy. No colo dela, está a Ksenja. Não, mula, não a Ksenja Ksenja; essa seria a vó dela, que está logo ao lado. Depois temos uma morenaça que fez o maior sucesso em Blato. Devem estar comentando a visita dela por lá até hoje. Juro por Deus que os carros ficavam andando em círculo na rua só pra passar várias vezes na frente dela. Continuando, temos um morenaço que, por sua vez, parou a Dalmácia inteira. Ainda vão fazer uma estátua para idolatrar a beleza dele. Flashes incessantes e paparazzi incansáveis não o deixavam passear em paz na rua. Verdade. Sério mesmo. A outra sortuda de estar do meu outro lado é a Sandy, filha da Ksenja e do Ante, o tiozão de vermelho, que também era um amor. O excluído é o marido da Sandy. Ele perdeu uma perna em Zagreb, durante a guerra, e usava uma prótese. A família inteira tinha um ódio absurdo dos sérvios, nunca vi coisa igual.

Bom, dava pra eu falar mais um milhão de coisas sobre a estadia na Croácia. Teve os jantares típicos, a base de lula e pescado; o "brunch" no hotel da irmã do Ante, em Prisba; a ceia na pizzaria do irmão da Ksenja, onde conheci mais dois primos; a casa de veraneio da família (como se eles precisassem de uma!), em Prigradiza; a decoracao das casas das pessoas, que incluiam vasos romanos de 800 anos que eles achavam largados no mar; as conversas elaboradíssimas em croata que tínhamos com os nativos na mesa de jantar, a base de "dobro", "molim" e "hvala"; o Ante mostrando a cidade todo revoltado porque a população de Blato tinha se reduzido à metade depois da última onde de emigração pra Austrália (ele apontava pras casas abandonadas e lamentava: "nobody in! listen: only two people, two old people... it's nobody in!"); o cara da loja de souvenirs todo feliz porque fomos os melhores clientes da década (comprei uns 17 postais de uma só vez); eu e a Érica repetindo o prato de sopa três vezes porque não sabíamos que era só a entrada e tinha mais um quilo de bisteca de porco pela frente; e assim vai ...

Depois de Blato, fomos pra Dubrovnic, Milão, Suécia, Finlândia, Bélgica, França, Veneza... foi tudo muito legal, muito bonito, muito gostoso, muito caro (auch!)... no entanto, ainda que eu um dia consiga rodar o planeta inteiro, não sei se eu vou conseguir fazer um passeio tão legal quanto o que eu fiz em Korcula. E não é porque a Croácia tem praias lindas. A Tailândia também tem. Não é porque os arquipélagos são verdes, fofos e bem preservados. Na Noruega também são. Não é porque sua história é longa, sofrida, marcada por guerras e reconstruções árduas. Na Alemanha também é. Não é porque o time de futebol é bom. O da Austrália é melhor. Bom, péssimo exemplo, na Austrália só tem croata... Mas enfim. O que fez a minha viagem tão legal, tão divertida, tão rica, tão emocionante, é que eu ganhei muita coisa. E eu não to falando de fotos, vídeos, memórias e chaveirinhos.

Galera, aprendi muito aqui nesse meu intercâmbio. Aprendi a fritar batata no McDonald's; aprendi todo o vocabulário de produtos de limpeza em inglês; aprendi a lavar minha roupa; aprendi a fazer supermercado; aprendi a cozinhar arroz; aprendi a porcaria que é ter que limpar a louça toda vez que usa; aprendi a andar sozinho de avião, trem, bonde, balsa, ônibus, metrô, carroça, cavalo, patinete e pula-pula mesmo sem entender nada do que tá escrito no mapa; aprendi a fazer mímica em vários idiomas; aprendi as burocracias de tirar visto em três países diferentes para três outros países diferentes; aprendi até um pouquinho de alemão.(esse foi bem pouquinho mesmo...)

Mas as maiores coisas que eu aprendi não dá pra escrever aqui em forma de piadinha.

Fiquei com mó saudade de vocês. Do meu pai, da minha mãe, da minha irmã, da bicha do meu irmão, do meu Dida, da minha vó, da minha outra vó, do meu outro vô (pois é...), dos meus tios, das minhas tias, dos meus priminhos (todos boiolas), do meu CUnhado, do meu Boris (não sei até hoje o que ele é meu), de todos os meus tios-avós, tios-primos, primos-tios, avós-primos, primos-avós-de-terceiro-grau da SADA... pensei muito em vocês quando eu tava lá. Queria muito que vocês tivessem junto comigo.

Sabe o que eu ganhei de tão legal na croácia? Foi amor. Amor de família. E isso tava fazendo uma puta falta. Quando a gente foi embora, a Ksenja chorou pra caramba. Eu não chorei porquê, por mais que eu tivesse curtido ficar lá, eu sei que tem um lugar no mundo que eu tenho certeza que eu tenho quantidades infinitas disso.

Logo, logo, eu to de volta, galera.

Do vidjenja !!!

ps: se quando eu voltarem vocês quiserem me dar todo esse "amor de família" na forma de uma picanha bem sangrenta numa churrascaria rodízio, eu não vou achar nada mal!

Monday, July 10, 2006

Cebola - Dicas de mochilao

Faaaaala galera!!!

Dois posts em menos de 10 minutos, hein, isso eh que eh produtividade.

Ainda na pegada de publicar emails, tah aqui o que eu escrevi pro Godo quando ele me pediu dicas pro mochilao. Eh pouquinho, mas acho que algumas coisas podem ser uteis pra galera...

Aproveito e jah tasco duas fotos

(oh, yeah, baby.)

(esse gringo bobo trombou no carro. juro por deus.)

hoje minha mae nao vai dormir de tao feliz!

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oi godo

entao, lugares que eu fui nesse mochilao:
praga
bratislava (capital da republica eslovaca)
viena
eslovenia (ljubljana e bled)
croacia (split, korcula e dubrovnic)
bari (na italia, onde passamos uma manha pra pegar o busao pra)
roma
estocolmo
turku
begica (soh de passagem)
lille
paris
milao
veneza

bom, fora a bratislava, q eh uma bosta, acho que eu ateh repetiria todos eles um dia.

general know-how a respeito de mochilao:
-a melhor coisa eh ter conhecidos no lugar. Por mais que praga seja incrivel, nosso melhor passeio foi prum vilarejo de 3000 habitantes na croacia pq eu tinha parentes lah. Dê prioridade pra isso. Turismo-zoologico vc pode fazer quando for aqueles velhinhos em grupos de excursao.
-eh melhor passar varios dias em poucos lugares do que poucos dias em muitos lugares. cansa e vc nao sente a "energia" do lugar. desculpa usar um termo mistico, mas essas coisas existem, mesmo.
-faca viagens curtas pra nao passar muito tempo em meios de transporte. aproveite pra fazer paradinhas em cidades nada a ver, elas podem te surpreender. Ou nao, sei lah. pelo menos, lugares nao-turisticos costumam ser mais autenticos.
-tome cuidado ao colocar voos no itinerario. Eh verdade que demora uma hora pra ir de estocolmo ateh bruxelas, mas leva uma hora e meia e 12 euros pra chegar no aeroporto de "estocolomo", tem que estar lah duas horas antes, paga 7 euros pra despachar as malas e o shuttle do aeroporto pra bruxelas garfa mais uma hora e uns 8 euros. Leve isso em consideracao quando vc ficar maravilhado porque achou um ryanair paris-saturno por 5 centavos...
-planeje, planeje, planeje e planeje. eh chato, estressa e toma tempo, mas vc VAI ter que fazer isso alguma hora e eh melhor no brasil quando tiver chovendo do que num lindo dia ensolarado em vienna pagando 3 euros por hora...
-vc vai gastar mais dinheiro do que planejado, por mais que vc tenha cada segundo da viagem numa tabela de excel. na belgica, a porta do nosso trem simplesmente nao abriu. descemos 10 km mais longe do esperado, uma e meia da manha, com fome, com sono e com 30 kg de bagagem pra transportar. demos gracas a deus quando achamos um taxi.
-naquela planilha, alem de "albergue" e "transporte", inclua "alimentacao". Eh muito importante saber de antemao como, onde e quando vc vai comer. Ficar com fome mia qq programacao e uma baguete na frente da torre eiffel custa 15 reais - e nao enche a barriga.
-role castelo-ponte-museu-igreja enjoa logo. Tenha em mente que, no final, vc nao vai mais ter tanto tesao em ver isso. Em outras palavras, cuidado, pq a coisa mais legal de viena eh um palacio.
-mesmo dormido, alimentado e animado, vc vai estar cansado ao fim de um mes andando o dia inteiro todos os dias. Ou seja, nao termine por paris, eh tudo muito longe e vc vai acabar arregando e pegando metro (3 reais!)
-nao comece por praga. Deixa todas as outras cidades no chinelo
-nao comece pela basilica de sao pedro. Deixa todas as outras igrejas no chinelo
-nao comece pela italia. Deixa todos os outros povos no chinelo
-nao comece pela holanda. Deixa todas as outras baladas no chinelo
-nao comece pela bratislava. Deixa todos os outros lugares muito caros!! (ah, quer saber? nem vah pra bratislava!)
-passeios guiados nao sao custo, sao um investimento. E um investimento do caralho. Faça! Depois voce economiza NAO entrando no museu das pulgas de circo falantes da sicilia.
-mas fique esperto. pesquisar qual eh o melhor passeio guiado pode te salvar uns euros e umas ulceras.
-nem sonhe em nao ter um guia da europa.
-nao se preocupe com mapas, eles sao faceis de arrumar.
-converse com os caras dos albergues. eles sempre tem dicas legais.
-ter uma boa mochila grande eh bom, mas nao precisa torrar milhoes de reais em uma pq vc vai andar pouco com ela (salvo aqueles momentos em q vc se fodeu). Geralmente, vc chega no lugar, vai pro albergue, deixa suas coisas lah (eles costumam ter algum esquema) e comeca a passear.
-ter uma boa mochila pequena eh fundamental. Vc vai andar muito, mas muito com ela.
-a camera eh uma eterna duvida, vc nunca sabe o que fazer com ela. A nao ser que vc seja um japones e queira pendura-la no pescoco, leve uma pochete ou uma mochilinha que tenha aqueles bolsos na frente, tah ligado? carregar na mao enche o saco, tirar e por na mala enche o saco, por no bolso enche o saco, deixar na bolsinha externa da mochila eh perigoso...
-reserve um pouco de tempo pra dar uma olhada naquele seu empoeirado livro de historia do segundo colegial. Fez uma falta....
-leve: garrafa grande de agua, caneta, papel, telefones importantes, enderecos importantes (pra mandar postais), dinheiro a mais (tem lugar que nao aceita cartao de credito), cartao de credito (tem lugar que nao aceita dinheiro), roupa de calor, roupa de frio, roupa de mais-ou-menos (mas soh uma de cada!), cadeado pra mochilinha, band-aid, espaco no mochilao pros souvenirs, meias extras (pra quando molham), um bom tenis (pra nao molhar a meia), guarda-chuva (pra nao molhar muito o tenis e, consequentemente, a meia), relogio com um bom despertador, tapa olhos (pra dormir em lugares claros, tipo trens), tapa ouvidos (pra dormir em lugares barulhentos, tipo trens velhos com passageiros que roncam), headset (pra usar skype em lan-house e economizar bilhoes!!), lencol, fronha, toalha (tem muito albergue que cobra por esses!), sacos plasticos e mais um monte de coisa que eu nao lembro e se pah depois te escrevo
-nao leve: tenis extras, calcas extras, guias de conversacao com frases feitas (vc NAO vai aprender tcheco, vai ser na mimica mesmo) salto alto, creme de pera, tesourinha de unha, secador de cabelo, creme anti-gravidade e metade das malas da erica.

eh isso aih, godo. espero que ajude.

abracos!

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porra, jah que eu penso tanto na minha mae quando eu publico esse posts, eu deveria maneirar nos palavroes, neh? caralho, eu sou um puta dum imbecil mesmo, cacete. hahuahuahuaua. mals!

Cebola - Work&Travel USA, CCInt FEA-USP

Faaaala galera!!!
o Deh, que tah pensando em fazer uma viagem mais ou menos igual a minha no ano que vem, me mandou um email pedindo uns conselhos. Como eu novamente me empolguei e passei uma tarde inteira na frente do computador, decidi postar aqui pra deixar a minha mae feliz, hehehe. E tbm pra aliviar a minha conciencia, neh... pega mal mandar um email de mais de dois paragrafos prum homem, a nao ser que ele seja seu chefe ou seu professor.
Ah, e moh fadiga de escrever sobre alguma coisa nova hehehe...
Abs!
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HUHAUAUHAU
sensacional seu roteiro, deh!!

e, pra falar a verdade, ajudou mto.

lah vai
E ai senhor cebola.!!! Q q o senhor manda...

Bom, como vc bem sabe, to mandando esse email porque queria alguns toques do mais experiente dos nossos viajantes. Nao repare na falta de acentos, mas eh que o meu teclado esta desconfigurado.

1- Viagem por agencia pros states.

Queria saber os lugares que vc viu e q mais gostou na hora de escolher. Porque vc me disse pra naum ir pros lugares que pagam melhor por causa dos brasileiros? Segue o roteiro que pode te ajudar....

Onde trabalhar? Onde naum trabalhar? Justifique

Depende dos seus objetivos. Se vc quer se divertir, tenta estacao de esqui ou hotel em lugares turisticos e badalados. O ruim eh que todo mundo tem a mesma ideia e vc vai viver cercado de brasileiro e latinos (o que eh animal pelo lado da balada...). Se vc quiser ganhar dinheiro, tenta ir pra cidades maiores nos estados mais ricos (apesar que, na pratica, todo estado eh rico). Se vc quiser aprender ingles, vai pra cidades pequenas e que paguem mal, nao vai ter nenhum outro intercambista.

Mas Deh, por esse esquema de agencia eh bem foda vc conseguir escolher alguma coisa. Tipo, minha cidade era minuscula e pagava mal, mas minha empregadora importou 30 brasileiros e fudeu com tudo. Mas foi moh balada. Sei lah, acho que vc nem devia encanar mto com isso. Eu fiquei num estado de mormons, nao tinha nenhuma balada, o transporte publico era uma bosta, mal dava pra sair de casa, fazia menos 5 graus, eu quase nao treinava ingles, vivia cercado de mexicano ilegal, meu trampo era puta racudo e a dona nao pagava a gente direito. E, mesmo assim, eu adorei...

Fiquei sabendo de varias historias com outras pessoas que foram pra outros lugares. Teve uma mina que, qdo chegou lah, descobriu que a vaga dela foi cancelada. Daih , depois de passar fome, ela arrumou um emprego de garconete num restaurante chique e pagou toda a viagem com gorjetas de uma semana. Teve nego que brigou com a chefe, vazou do trampo e acabou fazendo um intercambio a parte, tomando cerveja na praia (sabe de quem eu to falando?). Uma mina que tava em Utah brigou com a chefe, vazou do trampo, quase teve o visto cancelado e seria expulsa dos estados unidos se ela nao tivesse voltado trabalhar. Pra algumas pessoas deu tudo tao certo que a tabela de excel bateu (tah ligado aquela tabela "viagem" q vc tem aih na pasta "andre"?). Eh bem assim, mesmo...

O que vc fez/levou e se arrependeu?

Puts, nao teve nada que eu me arrependi pra caralho de ter feito. Mas deixa eu ver... eu levei muita roupa, nao precisava pq eu passava o dia inteiro de uniforme... eu vacilei pra tirar o meu social security (eles vao te explicar como faz). Devia ter ido sozinho, mas fiquei esperando a agencia me levar e perdi um mes que eu podia estar trabalhando. Essa eh uma dica valiosa: faca o social assim que vc chegar na sua cidade (logico, depois q vc jah tenha guardado suas malas, feito supermercado, assinado o contrato de aluguel, etc...).
Me arrependo de soh ter comprado esse notebook no final da viagem, perdi uma grana, um tempao e metade da minha sola de sapato andando na neve pra achar um orelhao. Ah, tem uma coisa que hoje em dia eu to mais arrependido: eu fiquei muito noiado com grana e trabalho e nao fui viajar, nem pras cidades do lado. Toma cuidado com isso, a vida eh curta.. E tbm eu nao fiz tanta balada com os brasileiros quanto eu poderia por causa dessa noia de aprender ingles. Moh cagada.

O que q faltou pra vc na viagem?
Uma saboneteira. Vc nao faz a menor ideia de como eh dificil encontrar isso nos EUA. Fora isso, nao tem nada que nao de pra vc comprar no Wal Mart.

Mas, falando serio, eu senti falta de fazer uns amigos americanos. Isso aconteceu parte por causa da minha condicao (todo mundo que trabalhava no Mc era estrangeiro e, alem disso, ninguem quer ser amigo do cara que troca o lixo) e parte por causa da minha noia com grana. Por exemplo, eu poderia ter ido esquiar algumas vezes com um muleque e nao fui de bobo, achava 30 dolares muito dinheiro. Tbm poderia ter frequentado a igreja (a unica coisa pra fazer em Utah) mas nao ia pq tinha que trabalhar. Outros brasileiros fizeram varios amigos nativos assim...


Da pra trazer quanto de grana se trabalhar bem durante os 4 meses?

Isso eh bem relativo, depende do salario, do custo de vida, de quantas horas vc consegue/aguenta trabalhar... fazendo 8 horas por dia, 40 por semana, ganhando uns 7 dolares por hora (isso eh bem razoavel), dah pra faturar 280 por semana. Vezes umas 16 semanas, dah 3840. Isso provavelmente empata sua viagem (900 de passagem, 1100 de agencia, mais uns 1000 de aluguel (4x250) e o resto em comida e outros...). O lucro viria com um segundo trampo ou com horas extras, mas essas ultimas sao bem dificeis de conseguir. Sempre tem alguns empregados soh pra trabalhar esporadico (tipo, uma, duas horas por dia) e cobrir as horas a mais que o chefe precisa.

Eh razoavel supor que vc soh vai trabalhar em um segundo emprego durante 3 meses (umas 2,5 semanas pra se estabelecer, tirar os documentos e conseguir o trampo; e largando 1,5 semana antes de acabar a estadia pq ninguem eh de ferro) e que vc vai ganhar um pouquinho melhor pq vc jah vai ser mais malandrinho. Fazendo as contas com 20 horas/semana e 7,5/hora, dah 1800 dolares.

Acho que isso eh uma suposicao bem realista de receitas. As vezes dah pra arrumar mais uns bicos, dah pra conseguir umas horas extras aqui e ali, dah pra descolar uns trampos que vc fica tres dias, quebra cinco pratos, e eh demitido, dah pra comer um tetrachesseburguer com iogurte e ganhar os cinco mangos daquela aposta, dah pra omprar o tiquete-transporte num pico de ajuda pra sem-teto e economizar 25 conto... mas tbm rola umas viagens imperdiveis, rola umas maquinas de lavar que engolem moedas, rola de nao ler o contrato e achar que domingo nao eh dia util e ter que pagar 50 mangos por atrasar o aluguel.... Um efeito anula o outro. Esse mundo eh bem loko e os EUA eh a a terra das oportunidades, sem duvida nenhuma. Lah, time is money mesmo, bitch.

Vc tbm pode fazer que nem eu e, ao inves de 60, trabalhar 110 horas por semana. Mas depois que vc quase desmaia num tanque de oleo fervente vc comeca a brochar, confia em mim.
Mas planejar desse jeito jah comeca a ficar fora da curva normal, tah ligado?

Com o ingles do meu nivel, eu vou melhorar bem?

Puta, esse pergunta eh mto foda. Depende do lugar que vc trabalhar, a sua funcao, etc. E tbm depende mto da sua, hmmm, pro-atividade em aprender a lingua. Mesmo morando lah, o unico jeito que o ser humano aprende eh se esforcando, nao existe osmose. Quer dizer, soh um pouquinho, nao dah pra negar. Quando comecam a berrar com vc no restaurante lotado pra vc ir pegar o mopper e vc nao entende nada e passa moh vergonha, vc descobre como se diz "esfregao" em ingles.

Mas o lance eh q, se vc nao rachar a cabeca prestando atencao, aprendendo, memorizando e incorporando as coisas que vc aprende no dia a dia, vc nao evolui tanto, nao.

Desculpa ser vago nessa pergunta, mas eh foda. Tbm depende das suas expectativas, do q vc considera "melhorar bem"... Uma coisa eh certa: vc vai perder a vergonha de falar ingles. E soh isso jah faz com q sua comunicacao melhore absurdamente, eh do caralho. Outra parada que eu aprendi eh que vc nunca, mas nunca vai falar que nem eles, nem se vc morar 60 anos lah. Cuidado pra nao exigir muito de si mesmo. A Erica eh assim. Lembre-se que a gente nao conhece todas as palavras nem em portugues... .


Tbm nao precisa dizer que sem duvida vai ser melhor do que 3 anos de CAVC idiomas, neh?

Vale a pena comprar alguma coisa la?

Caralho, vc devia perguntar o que NAO vale a pena comprar lah. Acho que a unica coisa mais cara que no Brasil eh fruta e carne. Ainda assim, dependendo do tipo. Isso falando em termos de conversao da moeda. Porque, por paridade de poder de compra, eh tudo ridiculo de barato (e vc vai ganhar em dolar, lembra?). Com 3 dias de trabalho vc compra um iPod Nano. Meu notebook de penultima geracao (penultima nos EUA, pq no Brasil ainda eh extra-terrestre) quem pagou foram 4 finais de semana cozinhando no Applebee's.

Eh dificil arrumar 2 trampos?
Eh facil, eh soh nao ser mto exigente, procurar sem medo, nao perder uma oportunidade (arrumei um trampo conversando com um cara no ponto de onibus) e NUNCA dizer que vc tem data pra ir embora. Ah, e tbm tem que ter o social security card e um celular. Gastei 70 dolares em um e, sem ele, nao teria arrumado o trampo do restaurante. Foi um investimento...

E tem que ter paciencia, nao vai entrar em desespero pq levou umas botas nos primeiros dias, ficou esperando horas pra nada, foi ignorado e o caralho... lah ninguem sabe o que eh USP, ninguem sabe o que eh fuvest, ninguem sabe o que eh banco safra e ninguem sabe que vc eh de familia soh pq vc tem olho azul.

O que pode embacar eh se vc nao tiver horarios fixos no primeiro trampo. Alias, isso eh um criterio beeeeeeem importante na hora de escolher o empregador, talvez mais do que a cidade e a funcao. Se ele quiser, ele pode fazer vc trabalhar em horarios puta malucos (tipo, um dia de manha, outro a tarde, outro a noite...) e variando conforme a semana. Sem estabilidade de horario eh muuuuito foda arrumar outro trampo. Mas ateh dah.

2- Viagem pelo ccint

Por que vc acha que naum agrega muito fazer dois ccints?

Nas palavras da Erica: "vc nao faz CCInt pra viver em outro pais, vc faz CCInt pra viver a multiculturalidade"

Mano, aceite: estamos muito velhos pra conseguir ter uma experiencia real de imersao na cultura de outro pais. Nao dah pra eu ir num parquinho e brincar com uma crianca daqui, depois ser chamado pra jogar videogame na casa dela, jantar a comida da mae, virar amigo da familia, brincar com o cachorro, viajar com eles pra praia, trocar figurinhas da copa, entar na turma dos amiguinhos da escola... Quer dizer, ateh dah, mas eu nao tenho tanta grana quanto o Michael Jackson.

O que eh da hora do CCInt eh 1) ter outro ano de bixo 2) todos os bixos serem de paises que vc nao sabe onde fica 3) nenhum dos bixos entender o que o professor diz. Isso eh mto loko, vc treina mto seu ingles pq se nao vc nao aprende a ligar a maquina de lavar, vc sabe como falar "buceta" em eslovaco, vc mora sozinho e limpa suas cuecas, vc experiencia uma dieta a base de macarrao e pizza, faz uns amigos pra vida inteira.... nas horas vagas, ainda ve como eh uma faculdade em outro pais e ateh estuda um pouquinho!!

Soh que todos os CCInts sao mais ou menos iguais. Eh por isso que nao agrega tanto. Eh o lance da produtividade decrescente. No final de 6 meses vc jah nao acha fantastico conhecer mais um polones e aprender a cantar um rap em servio. Depois vc conversa com o Cesar e com o Dilson. Eles vieram pra fazer dois intercambios e desencanaram do segundo.

Pelo lance das linguas, tenho duas coisas a dizer:
1) nao tem essa de "qdo eu tiver nos eua, nao vou pronunciar uma palavra que nao seja ingles; na alemanha, soh vou falar alemao, vou mentir que eu nao falo ingles, etc...". Voce vai soltar os cachorros pra cima de quem vier. Eh perfeitamente possivel usar esse momento pra aprender duas linguas simultaneamente. A Erica eh o melhor exemplo disso. Ela voltou falando ingles melhor que eu e o frances tah excelente tbm. Eh soh nao ficar trancado no quarto o dia inteiro escrevendo email pros bobos da FEA (ae!).
2) Todo mundo fala ingles. Ponto. Se vc for tentar falar ingles com alguem e ele nao souber, quem tah errado eh ele, nao vc. Eh cada vez mais inutil aprender outras linguas pq o planeta Terra tem um idioma comum. Sinto muito. Eu jah estou rumo a quinta lingua e me sinto em posicao de falar: eh inutil. Fora, eh logico, pra xavecar as minas no idioma delas. Eh caixa, Deh!!!

Tbm tem a saudades, cara. E nao eh a saudades que vc sente do seu videogame quando vc passa 2 semanas no guaruja. Isso aqui eh uma puta licao de vida. Vc aprende que tem coisas mais importantes do que adicionar uma linha no campo "linguas" do seu curriculo. E eh bom que vc amadureca agora e nao daqui a uns 10 anos, qdo for tarde demais pra fazer suas escolhas e tracar o seu caminho.

Velho, eu to abrindo mao de muita, mas muita coisa pra ficar aqui na Europa. Talvez eu ainda me arrependa amargamente nessa vida. Se meu intercambio tivesse sido bom, tenho serissimas duvidas se eu ficaria ou nao.
Mas enfim...

Ja que naum agrega muito, que outra possibilidade nos teriamos pra fazer dois intercambios e voltar com duas linguas (no meu caso)?

Pois eh, conforme supracitado, acho que soh em um (por exemplo, na argentina) jah dah pra desenvolver duas linguas, se tiver bastante intercambista. Tem muito canadense por aih, puta esquema pro ingles. Fala com o Pato.

Em agosto eu vou fazer um curso de espanhol em Madrid, daih vou saber se eh uma opcao boa ou nao...


Como vc fez com negocio de grana? cartao? cash? Por favor dicas a esse respeito.

Nos EUA meu pai entrava em desespero pq achava que eu tava passando fome. Eu nao pedia grana pra ele pq eu ganhava bastante lah. Eh bom levar cartao de credito pra emergencias, mas nao vai precisar. Eu levei 2 pau e sempre tinha mais de 1000 na conta que eu abri lah. O Carneiro levou 300 dolares, duas camisas, tres cuecas e uma caixa de breja, mais nada. E nao teve nenhum problema. Soh a mae dele, provavelmente, q deve ter quase morrido do coracao.

Aqui na Alemanha meu pai poe dinheiro na minha conta no Brasil e eu saco em qualquer caixa eletronico daqui. Paga dois dolares e meio mais 2%, um negocio assim. Eu gasto mto pouco pq eu como em casa e nao tenho amigos pra sair da balada e tals. Compras maiores (tipo qdo eu fui viajar com a erica), eu uso o Visa. Alias, esse eh o melhor esquema pq nao tem comissao e usa taxa comercial. Mas ateh parece que a vendinha aqui ao lado aceita um cartao do Bradesco, neh? Na alemanha a galera usa pouco cartao de credito. Bizarro...

Por enquanto eh soh Cebs. se vc lembrar de algo que lhe chamou atencao ou alguma dica interessante que naum foi requisitada por favou inclua.

Cacete, escrevi pra caralho. Eu sempre me empolgo. Vou publicar no blog, eu acho.

Muito obrigado cebs, vlw msm!!!
Brigado o caralho, vc vai me trazer um iPod.

Deh
Cebs

ps: a parte de xavecar as minas no idioma delas eh mentira, viu? nunca fiz dessas coisas.
ps2: tbm to mandando esse email pra erica. hehehe.
ps3: a parte de xavecar as minas no idioma delas eh mentira mesmo. Nao consigo entender nem meu professor falando alemao formal acompanhado de um slide atras, ateh parece que eu ia entender uma alema de 2 metros latindo com aquela voz grossa no meu ouvido dentro de uma balada lotada....
psP: jah viu esse? quase eu compro um nos eua...